A Rapariga no Comboio é um Thrilher de Paula Hawkins que nos retrata o desaparecimento de Megan e todo o envolvimento da protagonista (Rachel) em tentar descobrir o que aconteceu.

A história retrata Rachel, que todos os dias apanha o comboio à mesma hora para ir trabalhar. No caminho para o trabalho ela observa sempre as mesmas casas e as mesmas pessoas na sua rotina habitual.
Numa dessas casas ela vê sempre o mesmo casal, ao qual dá nomes imaginários. Para Rachel este casal demonstra ter uma vida perfeita o contrário da sua atual situação.
Um dia ao passar nessa casa, Rachel vê algo que não estava à espera e que lhe deixa perturbada. Uns dias depois ela descobre, no jornal, que a mulher dessa casa – Megan, desapareceu e considera que o que ela viu possa estar associado ao seu desaparecimento, decide falar com a polícia.
Rachel torna-se parte integrante de uma sucessão de acontecimentos relacionados com essa decisão e acaba por afetar a vida de todos os envolvidos.
A história é-nos contada no relato de diferentes pessoas, existe o confronto de diferentes percepções face ao mesmo acontecimento.
O livro numa fase inicial, apresenta-nos as personagens principais e os seus diferentes “defeitos” que justificam os comportamentos que as personagens vão tendo. Quanto à personagem principal esta é alcoólica e tem perdas de memória relacionadas com o consumo excessivo. Ao longo do livro vamos questionando se o que ela nos relata é real ou fruto de uma imaginação deturpada pela sua condição alcoólica.
O tema central é descobrir o que aconteceu a Megan na noite em que desapareceu, e analisar todos os possíveis envolvidos nesse desaparecimento. A Rachel irá envolver-se nesta investigação de forma muito compulsiva, que na minha opinião funciona como uma forma de solucionar a sua perda de memória e o seu sentimento de altruísmo.
Confesso que as primeiras páginas do livro não foram do meu agrado, a introdução destas personagens foi confusa e só quando comecei a saber mais de cada uma é que comecei a entender a história. A protagonista do livro fez-me muita confusão porque considerei que teve um comportamento muito compulsivo e intrometido com a vida dos outros.
Depois de quebrar a barreira inicial de conhecer as personagens a leitura tornou-se fluída e fiquei bastante curiosa em saber o que se iria passar a seguir.
A meio do livro descobrir quem é que estava relacionado com o desaparecimento de Megan, pois a autora não tinha estabelecido relação da Megan com essa personagem logo estava a prever um desfecho inesperado e a culpabilização de uma personagem fora das suspeitas iniciais.
Gostei também como a vida de diferentes personagens se interligou pelo desaparecimento de Megan e como essa situação acabou por mudar o rumo da vida de cada um individualmente.
Recomendo a leitura deste Thriller.
Boas leituras e boas reflexões!

Fátima Costa
Educadora Social, desportista por hobby e leitora por paixão.
Este é um espaço de partilha de opinião acerca das leituras que realizei e que tem como objetivo a estimulação da vossa leitura.